O modelo de agricultura convencional tem dado sinais de esgotamento ao produzir impactos socioambientais sem precedentes ao longo de sua implantação. A perda da diversidade biológica e sociocultural, a marginalização dos conhecimentos tradicionais, o êxodo rural são algumas das consequências desse modelo. Em contraponto a esta lógica, a agroecologia surge como uma resposta científica a agriculturas alternativas, a fim de resgatar os conhecimentos abandonados pela Revolução Verde e soma-los as diferentes ciências (agrárias, sociais, naturais), buscando como fundamentação os processos de experimentação dos agricultores. Dessa forma, o trabalho que se apresenta objetiva mapear as experiências de referência do ponto de vista agroecológico no nordeste paraense. Para isso, buscou-se primeiramente consultar informantes chaves que representasse as instituições de pesquisa, prestadora de assistência técnica e movimento social para realizar um levantamento das unidades de referência e caracteriza-las preliminarmente. Posteriormente foram descritas e comparadas três experiências mais representativas, de acordo com critérios pré-estabelecidos, como o tempo de implementação, a diversificação dos agroecossistemas e o próprio destaque que o informante as conferiu. Portanto, através dos princípios norteadores que a agroecologia se propõe a integrar, na qual se identificam as dimensões sociais e ecológicas, sendo economicamente viáveis, somando os elementos da política, da ética e da cultura, podemos refletir que a região apresenta unidades exitosas do ponto de vista dos princípios agroecológicos sob diferentes perspectivas.
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Autora:
Beatriz da Luz Cruz
